Vem cá,
Escreve em meu corpo a tua dor,
o teu apreço, o teu silêncio.
Vem cá,
Enxuga o pranto triste e sente meu hálito quente
ofegante, sedento do teu beijo.
Esquece a loucura, cura tua aura negra
e essa espera que a escurece.
Voa o sonho de ser, sente a dádiva de amar!
Vem cá,
Traz a tua brisa adormecida pelos furacões
da loucura, essa que me afasta, me amedronta
Toma em tuas mãos meu coração triste e só,
embala-o que a minha dor é choro e desalento
de espera, de procura.
Vês meu sorriso amarelecido?
Acaso o olhar sem brilho também é reflexo
do luar em noite de chuva.
Há sol e luar em meu canto;
sol de inverno, lua de outono...
Há cheiros amenos de paixões adormecidas
Ah, tudo que reflito é teu...
Me deixa ser teu apelo,
Vem cá!
Madalena Gomes
Dezembro/2017
Foto: Xandy Santos
Portugal
Um comentário:
Quanta dor, quanto amor... tanto amor para dar e tanto desejo de receber! Lindo, Poetisa, tua sensibilidade é apaixonante.
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