POEMAS SENSUAIS




Mestiça Brasiliana




Diva encantada em cujos lábios rosados guarda o mel,
Deixe apossar-me de você com a volúpia do selvagem amor,
Sorvendo de seus macios seios o néctar dos deuses do Olimpo,
Em profusão desvairada sentir o gozo qual primeira vez,
Qual primavera masculina a desabrochar no corpo menino e sedento,
Do sexo, da carne morena que em perfumados óleos me faz delirar.

Oh, princesa amada, arredia lupina que me fere que me torturas,
Com suas garras cardeais tal qual gume de adaga samurai,
Não permitas, oh encantada criatura que em estado licantrópico,
Venha à lua me encontrar.

Bela mameluca ardente do sol dos trópicos a se banhar,
Saúda-me com teus abraços, encostas teu peito junto ao meu,
Com o calor de teus lábios aquece meu peito,
Com a morna secreção de sua boca, busca o ponto,
O topo da loucura, o êxtase o prazer.

Mestiça das terras e das serras de Iracema,
Aperta-me junto ao seu corpo e no compasso de um só coração,
Conta-me os segredos das suas curvas e nesses geográficos acidentes,
Dá-me a permissão para ser seu explorador, um sonhador,
Um poeta, um amante um vitorioso conquistador.

Guilhermino






"...Brinca nesse entrelaçamento 
estonteante, inebriante...
que faz a pele eriçar na emoção de palavras, 

no sussurrar de
versos, no enlace da imaginação proibida 

e permissiva, que
nos faz perder os sentidos..."


Verinha Fagundes





 "...Num sussurro imitando o gemido ...
numa entrega lasciva...
num embriagar de amor corpo e alma...
entrego mais que minha carne...
entrego a minha essência e te levo ao

mais desvairado prazer..."


Verinha Fagundes



Amor, Sexo, Desconexo
Amor não tem sexo, nem nexo 
Tem cheiro,calor, suor 
Amor não tem preconceito 
Tem saudade no peito 
Amor não tem razão 
Ele é puro coração 
Amor não tem dono é sensação 
É sentimento, emoção 
Amor não fala, sente 
É vontade, desejo, entrega 
Amor não vacila, não nega 
É verdade, é vontade 
Amor não reserva, se apega 
Amor não esconde, se apresenta 
Amor não fere, acalenta 
É o verso e reverso 
É puro, é lascivo 
É contido, é exposto 
É escrito, é vivido, é sentido 
Amor é magia, é fantasia 
É tristeza, é alegria 
Amor não tem nexo, desconexo 
E muito menos tem sexo. 

Verinha Fagundes



Meu Homem


Te fiz meu homem
Matei tua fome
Bebi do teu prazer
Te dei meu corpo
Vivi teus sonhos
Acolhi teu gozo
Abri meu ventre
Te recebi
O colo te ofereci
Agucei tua libido
Tomei teu partido
Beijei tua boca
Te amei como louca


Verinha Fagundes




Desejos da Mulher Madura





Linhas na face, cicatrizes na alma, 
fragilidade imperceptível.
Uma beleza rara, uma linha tênue, o novo e o velho.
Rugas que marcam a face de um caminho percorrido,
fazendo da vida uma linda estrada de amores, 
paixões, decisões,
ausências, dissabores, 
desamores, dores, vazios, 
males não resolvidos.
 Porém, no corpo, o desejo lateja.
Apesar do tempo exilado, 
que escoa entre sonhos,
ilusão e razão, nas armadilhas da vida,
os grandes sabores, 
lamúrias, gemidos, dores, 
que queimam e ferem.
Na pele, o desejo ainda aflora, 
nos olhos límpidos da menina,
o sonho de amor da mulher, 
nas lembranças, doces prazeres,
na realidade, o desejo de ser possuída.
Suavemente, a gueixa desponta, 
bela sensualidade a todos afronta.
Foi menina, mulher e hoje fêmea que brinca, 
provoca, sempre no cio.
Exuberante, de um perfume marcante, 
exalando sagacidade
e até ingenuidade, voraz nos sentidos 
e sábia nas palavras.
Perfeita sempre, entre o certo e o errado.
Fogosa, de formas libidinosas, 
delicada, formosa, literalmente gostosa.
Ter mais de cinquenta não a preocupa, 
ama, chora, sente, aflora,
sem nenhuma culpa.
A vida a fez assim, mulher de atitude, 
menina,
 fêmea e mulher madura.

Verinha Fagundes & Penélope Lsteak



6 comentários:

Anônimo disse...

Os encantos de Verinha.
Obrigado.
Beijo.

Rev. Silvano Silva disse...

OláMeus parabéns pelo lindo blog com poemas marcantes que Encantam. Com certeza o recomendarei. Se quiser me dar a honra de sua visita www.meubeijaflor.blogspot.com

Lilian disse...

Gostei do que li....poesias de tirar o folego. Demais

Verinha Fagundes disse...

Amiga tão querida, Madalena Gomes... admiração e gratidão! Verinha Fagundes

Anônimo disse...

Existe uma página na Internet - no Instagram intitulada: refugiospoemas. Fiquei impressionado com beleza dos poemas e sonetos. Lindíssimos: O soneto abaixo, é dos muitos que está postado:
MEU VELHO ESPELHO


O vigor da juventude passa como um sonho,
Através do espelho vejo um rosto sem orgulho,
Como as folhas secas na chegada do outono.
Como o final de tarde triste e sem crepúsculo.

Estou cansado de percorrer tantos caminhos,
Chegou finalmente o fim de minha eterna busca.
Vou ficar quieto como uma ave em seu ninho,
Deixar que a vida siga seu tortuoso curso.

Não há mais ferida no coração! Cicatrizaram!
Nem amargura, nem dor, somente saudades.
Que vão e voltam, mas, não se eternizam,

E por tanto, não causam em mim desgosto.
Nem o velho espelho do meu quarto importa,
Ainda que mostre o meu solitário rosto.

(José Rossini Costa Machado)

MUNDO DO POETA disse...

Obs.: Postei esse Poema como anônimo porque não vi outra opção. Não conheço o autor, mas, acho os poemas dele espetaculares. Meu e-mail: bethania.fitmore@gmail.com.Lá na página dele no Instagram diz que ele vai fazer a publicação dos poemas no início de 2022. Tenho certeza que vai dar o que falar.

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